Sou de uma família de comerciantes da cidade de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre/RS. Meu avô, o Sr. Olau Coelho da Silva, foi um dos primeiros moradores da cidade. Fundou a primeira farmácia do Município. Era um homem conhecido por todos os habitantes, buscava ajudar a todos que necessitavam, medicava os doentes que não tinham acesso a médicos, levava os mais graves ao hospital da capital, enfim, estava sempre pronto para servir ao próximo.

Cresci acompanhando esse belo trabalho de meu avô e que meu pai, o Sr. Aldo Rodrigues da Silva (apelidado carinhosamente de Toco), deu continuidade.

Eu sempre admirei o trabalho da minha família, pois ajudavam as pessoas humildes da nossa comunidade, auxiliavam os trabalhadores enfermos ou acidentados.

Eu nunca tive vocação para trabalhar na área da saúde ou do comércio, mas sentia que precisava encontrar uma maneira de servir a minha comunidade, sentia que a minha missão era auxiliar na busca pela justiça social.

Como fiquei muitos anos acompanhando os atendimentos na farmácia de minha família, passei a observar que, diariamente, chegavam pessoas doentes ou que haviam sofrido acidente no trabalho e não sabiam de seus direitos trabalhistas e previdenciários, ou acabavam, muitas vezes, tendo seus benefícios negados injustamente pelo INSS.

Lembro da angústia que eu sofria ao ver aquelas pessoas que contribuíam para a Previdência Social durante anos e, no momento que mais necessitavam de auxílio, ficavam desamparados.

Não entendia porque as pessoas acidentavam-se nas empresas em que trabalhavam, perdiam sua capacidade de trabalho e as empresas recusavam-se a indenizá-los e, na maioria das vezes esses trabalhadores eram demitidos, pois, devido ao acidente, não rendiam no trabalho como anteriormente.

Assim, observando as “dores” desses trabalhadores, no ano de 1998, resolvi cursar a faculdade de Direito e, no ano de 2003 me formei.

Uma pausa em meus sonhos

Meses após a minha formatura, acabei perdendo meu pai de forma precoce. Esse acontecimento me fez desistir, por algum tempo, de dar continuidade ao meu sonho de ter um escritório especializado em Direito Previdenciário e Acidentário na cidade em que nasci. Senti necessidade de me afastar da cidade, pois esse lugar me trazia muitas lembranças de meu pai.

Prestei concurso para a Procuradoria Geral do Estado e lá trabalhei na área jurídica.

Estava bem profissionalmente sendo servidora pública do Estado, porém não estava cumprindo meu propósito de auxiliar as pessoas na busca por justiça social. Então, no ano de 2014, pedi exoneração da PGE e resolvi ser advogada.

Como surgiu o escritório de Alvorada

Abri meu escritório em Alvorada no mesmo ano em que me exonerei da PGE (2014). Desta forma, pude dar continuidade à missão da minha família: servir a comunidade alvoradense com os meus serviços profissionais.

Especializei-me em Direito Previdenciário e fiz MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário (Acidentário) para dar todo o suporte necessário aos cidadãos da minha cidade que necessitavam de serviços especializados para requererem seus Benefícios Previdenciários e ingressarem com Ações de Indenização por Acidente de Trabalho.

Visão Sistêmica

Passei a ser uma grande estudiosa de Direito Sistêmico o que me possibilitou olhar para o cliente como um todo, suas reações físicas, emocionais, seus contextos e relações; passei a ter uma visão geral e ampla do conflito, bem como passei a buscar o diálogo para chegar na melhor resolução da demanda.

A visão sistêmica do Direito deu muito certo, pois evitou que muitos processos fossem parar no Poder Judiciário e lá ficarem tramitando por muitos anos.

Como surgiu o escritório de Canoas

Diante do sucesso do escritório de Alvorada,no final do ano de 2014 resolvi abrir um escritório na cidade de Canoas, já que passei a residir nessa cidade desde que me casei com Luciano Luiz Zambonin.

Luciano, para minha alegria, ao me conhecer e saber de meus propósitos, decidiu formar-se em Direito e passou a administrar nossos escritórios e a resolver conflitos de forma extrajudicial, já que temos como princípio em nosso trabalho a resolução de conflitos de forma pacífica, evitando ao máximo o processo judicial.
Como passamos a atender em todo o Brasil

Luciano e eu gostamos de viajar pelo Brasil, conhecer as diferentes culturas, conversar com o povo, saber de suas dificuldades e, por todos os lugares que andamos, as pessoas com quem conversamos queixavam-se de suas dificuldades nas concessões de benefícios previdenciários junto ao INSS, bem como as dificuldades que tinham em encontrarem advogado especialista em Direito Acidentário.

Após tanto pensar de que forma eu poderia ajudar pessoas de todo o Brasil, tive a ideia de passar a atender, também, de forma online.

A internet e seus meios de comunicação disponíveis facilitaram o contato com os clientes, pois passamos a ter à nossa disposição whatsApp, e-mail, instagram, plataforma zoom, google meet, telefone, etc.

No início as pessoas tinham um certo receio, uma resistência ao atendimento online, pois achavam que o atendimento não teria a mesma eficiência, sentiam a necessidade de ver pessoalmente o advogado, mas com o tempo perceberam os benefícios do atendimento online eram muitos:

• maior possibilidade na escolha do profissional especializado
• poder escolher um profissional de qualquer lugar do Brasil
• evitar deslocamentos desnecessários
• maior flexibilidade de horários
• perceberam que escritório online possui a mesma segurança que o presencial

Ainda, com a chegada da pandemia da COVID-19, o escritório online tornou-se essencial, pois as pessoas continuaram tendo que resolver seus problemas, mas tinham que ficar em isolamento social.

Assim, com o atendimento online, o cliente passou a ter acesso aos serviços jurídicos na segurança do seu lar e o advogado pôde continuar prestando seus serviços sem colocar o cliente em risco.

Hoje temos atendimento presencial nas cidades de Alvorada e Canoas e atendimento online em todo o Brasil.

Para acabar, quero dizer que estou muito realizada em poder contribuir na busca da justiça social, não só na cidade de Alvorada, mas em todo o Brasil. Bem como contribuir para uma advocacia mais leve, mais humana e mais célere, por meio de uma advocacia sistêmica, buscando a resolução dos conflitos sem precisar levar ao Poder Judiciário.