Como faço para ter certeza se devo me divorciar?

Por Tatiane Oliveira da Silva, Advogada para Homens

Os clientes costumam me perguntar: “Como saberei se devo me divorciar”? Como saberei que o divórcio é a opção certa para mim? “A confusão é normal”. É normal sentir-se profundamente ambivalente em relação ao divórcio.

Essa é uma das maiores e mais difíceis decisões que você terá que tomar. Não é uma decisão que deva ser tomada impulsivamente ou sem muito pensar.

Você acha que seu casamento está acabando? É preciso entender que algumas vezes, a intensidade do problema são causadas pelas emoções, não pelo problema em si. O que parece ser o fim, pode ser um sinal de alerta mostrando que algumas coisas precisam mudar.

O casamento nunca acaba por um problema só, geralmente são pequenos problemas acumulados, que geraram mágoas e raiva. Os problemas não resolvidos são como uma bola de neve, cada vez maior. Por isso, veja o que está interferindo no seu relacionamento e como você pode lidar com cada situação.

1. Situações que levam ao divórcio 3

2. Atitudes para tentar resgatar o casamento 7

1. Frieza 8

2. Tolerância zero! 9

3. Sem desejo sexual 10

4. Desejo de ficar solteiro(a) 11

3. O casamento está acabando, e agora? 12

 

1. Situações que levam ao divórcio

Se você está pensando em se divorciar, alguma dessas coisas, fala com você.



  • Talvez você tenha começado a imaginar a vida sem seu cônjuge – e a ideia é boa. Você imagina uma vida nova e mais feliz. Ao mesmo tempo, essa fantasia é perturbadora, porque você sabe que seu casamento está com sérios problemas. Você pode ter conhecido alguém novo, alguém que parece atender às suas necessidades.

  • Você pode se sentir tão desesperado e desanimado com o casamento que não vê alternativa para continuar.

  • Muitas vezes, houve alguma traição. Talvez um caso que esteja em andamento ou não resolvido. Você se sente completamente mal-amado ou pior, se sente negligenciado e humilhado.

  • Seu cônjuge o decepcionou de alguma maneira importante. Talvez seu cônjuge não tenha contribuído financeiramente para o seu casamento e esteja completamente dependente do seu apoio financeiro. Talvez você sinta que seu cônjuge não é confiável. Você sente que está fazendo todo o trabalho no relacionamento.

  • Talvez tenha havido problemas de controle abusivo ou coercitivo. Nessa situação, você precisará estabelecer um plano de segurança, particularmente importante se você tiver filhos. Se houve violência, a decisão de se divorciar pode desencadear um episódio violento quando seu cônjuge sentir que não tem mais nada a perder.

  • Os clientes me falam de argumentos crescentes que nunca são resolvidos. Você está discutindo sobre as mesmas coisas e os argumentos ficaram mais desagradáveis. Você pode ficar com raiva de seu cônjuge ou até de si mesmo.

  • A intimidade secou e você se sente sozinho. Você pode se sentir atraído por outra pessoa — e reconhece isso como um sinal de alerta alarmante.

  • Você sente que tentou de tudo para reacender as brasas do seu casamento moribundo. Talvez você tenha procurado terapia no passado e “não funcionou”. Quando ouço isso, muitas vezes ouço dizer que meus clientes passaram apenas algumas sessões antes de abandonar a terapia.

  • Você sente que simplesmente se separou. Você não tem nada para conversar, interesses ou atividades para compartilhar e prefere estar com amigos à com seu cônjuge. Vocês não conversam mais sobre nada além de logística: quem vai fazer o jantar, quem vai buscar as crianças.

  • Uma vez que vocês costumavam se apoiar, e era importante para cada um de vocês dar e receber esse apoio. Agora você se sente sem apoio e reconhece que também não apoia seu cônjuge.

  • Uma montanha de ressentimentos foi varrida para debaixo do tapete. Você não falou sobre eles, nem foram resolvidos. Você não deseja falar sobre eles. Não apenas você se sente sem esperança, mas também não se importa mais.

  • Você acha que não concorda mais com coisas importantes: como criar seus filhos, como gastar dinheiro, como é sua visão de longo prazo de sua vida. Muitos de seus objetivos são completamente inconciliáveis.

  • Talvez seu cônjuge tenha um vício que ele ou ela não abordará. Os vícios podem incluir o óbvio, álcool e drogas. Mas os vícios em compras, jogos de azar, sexo, pornografia, videogame e internet também contribuem para o rompimento de um relacionamento.

  • Talvez um dois esteja lidando com ansiedade ou depressão não tratada. Pode ser infeliz viver com uma pessoa infeliz que se recusa a ajudar a si mesma ou a procurar ajuda profissional.



Na maioria das vezes, ouço sobre o colapso ou a completa falta de comunicação.



Você ou seu cônjuge não está conversando, tem medo de iniciar conversas difíceis ou um, ou os dois são desencadeados e defensivos quando tentam conversar.

Você sente que está carregando toda a carga no relacionamento e simplesmente está cansado de carregar o fardo sozinho.

2. Atitudes para tentar resgatar o casamento



Antes do divórcio, o casal deve tentar resgatar o casamento. Aqui apresentamos algumas sugestões que foram elaboradas com nossa equipe de psicólogos.

1. Frieza

Isso acontece quando não existe mais troca emocional entre o casal. Nesta situação, eles não se abraçam, não se beijam, não dão as mãos e não conseguem mais conversar e rir juntos. A carência está muito presente, e algumas pessoas são tentadas a trair, não pela procura de sexo, mas de carinho.



Quando existe frieza, um nunca sabe o que esperar do outro. Pois, ele se fecha e se afasta tanto que é quase impossível alcançá-lo. É preciso entender que muitas pessoas fazem isso como mecanismo de defesa. Essa pessoa já foi tão magoada que escolheu não deixar mais nada entrar em seu coração.



Talvez você não consiga perceber o que causou isso, mas se o problema é esse, provavelmente essa pessoa já lhe disse diversas vezes o que a magoava e você não entendia, não achava tão importante ou escolheu ignorar para manter sua postura de estar certo(a). Para quebrar essa barreira é preciso se lembrar das discussões e das coisas que ele(a) lhe pedia.



Tenha uma postura diferente em relação a ela e diga que você percebeu e pretende melhorar nessa área em especial.

2. Tolerância zero!

Nesta fase, o casal sente muita raiva um do outro, já se cansaram de falar e sempre estão esperando o outro com hostilidade. Qualquer problema, por menor que seja, é respondido com gritos ou desprezo. O desagrado constante os impede de valorizar os pontos fortes do relacionamento.



Em casos assim, eles se sentem aliviados quando se afastam. Além disso, só têm diversão ou se sentem à vontade para serem eles mesmos quando estão com outras pessoas. Isso também se torna um problema quando se tornam alvos de acusações e desconfiança.

A melhor forma de lidar com isso é seguir o fluxo inverso.



Quando sentir vontade de gritar e ser ríspido(a) faça o oposto, seja educado(a) e respeitoso(a). Dessa forma, o outro vai baixar a guarda e, aos poucos, mudando a sua forma de falar e agir.



Outra estratégia é se aproximar dele sem fazer ou falar nada, você pode simplesmente assistir TV ao lado ou ler um livro. Assim, ele vai compreender que a tua presença é confortável e não uma ameaça.



3. Sem desejo sexual

É natural que o desejo sexual mude ao longo do relacionamento, ele vai oscilar. Porém, sentir desejo sexual apenas por outras pessoas é um sinal de alerta bem forte, especialmente se esse desejo está ligado a pessoas próximas.



Nestes casos, o outro também procura ver pessoas atraentes, ele(a) sente necessidade de procurar por isso. Assim, qualquer pessoa parece ser mais atraente do que seu companheiro. Isso é uma ilusão, que aponta para a falta de intimidade e admiração.



Para resolver isso, é preciso haver autocuidado, voltar a alguns bons hábitos do passado podem fazer o parceiro te olhar de uma forma diferente e retomar a admiração.



4. Desejo de ficar solteiro(a)

A pessoa que sente isso, imagina que sua vida seria muito melhor se simplesmente eliminasse o outro. A sensação de que o casamento está acabando acontece quando a presença do outro é como uma nuvem negra acima de sua cabeça, muda o clima e torna tudo mais estressante.



Assim, a pessoa deseja ficar solteira não para sair com outras, mas para ter paz.



Essa situação evidencia uma falta de espaço a sós, além de outras coisas,

Para resolver pode ser bom ter dias a sós, passeando, refletindo e saindo com amigos ou com a família.



Momentos de autocuidado diários como atividades físicas podem colaborar para que esse desejo diminua.



Além disso, uma viagem e passeios em casal, afastados da pressão cotidiana pode ser bom para revigorar a intimidade.

3. O casamento está acabando, e agora?

Você está numa estrada e percebe que o destino dela não é aquele que você sonhou quando disse sim no altar. Felizmente, você pode fazer o retorno, corrigir os erros e continuar de uma maneira melhor. Quanto mais tempo esses problemas perdurarem, mais difícil é de corrigir. Por isso, não perca tempo!



Se você já tentou todas as dicas e ainda não teve resultados, você deve procurar uma advogada especializada em direito de família e dar entrada no divórcio.



Ao dar entrada no divórcio, busque uma advogada que tenha um trabalho pautado em uma visão humanizada e sistêmica, para que o divórcio não seja algo traumático para o ex-casal e para os filhos.

Dra. Tatiane Oliveira da Silva, advogada, casada, apaixonada por animais. Formada em 2003. Especialista em Direito de Família para Homens, com ênfase em Divórcio, Partilha de Bens, Guarda, Alienação Parental e Revogação de Medida Protetiva. Proprietária de escritórios, situados em Alvorada, Canoas e Porto Alegre e atendimento online no Brasil e no exterior.

Somos o único escritório do Brasil especializado em Direito de Família para Homens com Ênfase em Revogação de Medida Protetiva e Alienação Parental!


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